28ª rodada: quebrando os tabus

sábado, 6 de outubro de 2018 0 comentários
Em clima de eleições presidenciais, pelo menos algumas torcidas tiveram o que comemorar nesse final de semana. O Campeonato Brasileiro de 2018 já está marcado pela disputa intensa na reta final, algo que não se via desde 2011 - e, ainda por cima, algumas provocações que atormentavam o torcedor agora caíram por terra.

Gustavo Gómez comemora seu gol
Foto: César Greco / Agência Palmeiras / Divulgação
Choque-Rei no Morumbi encerra jejum de 16 anos

O São Paulo é postulante ao título do Campeonato Brasileiro. Muita gente não botaria a mão no fogo pelo Palmeiras na primeira parte do torneio, mas a recuperação depois da chegada de Felipão foi assombrosa. Agora, os clubes da capital estão disputando título ponto a ponto. Isso só apimentou mais o clássico, que contou com uma apimentada extra: o Verdão não vencia o rival no Morumbi desde 2002, ou seja, há 16 anos, quando ganhou por 4 a 2.

Isso tudo não abalou o Palmeiras, que ficou com menos posse de bola a maior parte do jogo, mas que soube se defender e tentava explorar contra-ataques. O lance polêmico da partida foi quando Sidão tentou impedir Deyverson de chutar defendendo com a mão fora da área, logo aos 9 minutos. Depois disso, a partida ficou truncada. Até que aos 33, Dudu cobrou escanteio para Gustavo Gomez inaugurar o marcador. 1 a 0. Minutos depois, após contra-ataque que acabou com bola na trave, Mayke cruzou para Deyverson fazer 2 a 0.

No segundo tempo, Éverton voltou ao time após dois jogos fora por lesão no lugar de Rodrigo Caio, que estava improvisado na lateral-direita; Bruno Peres foi recuado para essa função. Gonzalo Carneiro também entrou. Mas as alterações não mudaram a criatividade do Tricolor, que ainda viu o Verdão criar mais chances de perigo com Lucas Lima, que acionava contra-ataques tocando em Dudu pela esquerda e Hyoran, que foi substituído por Willian, na direita.

Após mais de 15 anos, o Palmeiras volta a vencer do São Paulo no Morumbi. O Porco também se isolou na liderança do Campeonato Brasileiro com 56 pontos, três acima do vice-líder Internacional.



Lucas Paquetá comemora um de seus gols no Itaquerão
Foto: Marcos Ribolli / GloboEsporte
Flamengo volta a vencer em São Paulo

O Rubro-Negro foi ao Itaquerão após ser eliminado da Copa do Brasil pelo próprio Corinthians, na quarta-feira passada, e ter tido uma atuação ruim diante do Bahia, na estreia de Dorival Júnior. Isso já alimentou um certo favoritismo ao Corinthians, e ainda tinha o fato de que o Flamengo não vencia um grande paulista dentro do estado de São Paulo há 24 jogos; a última vitória tinha sido contra o São Paulo, no Morumbi, por 2 a 1 e em 2011. E o Fla não ganhava do Timão em SP desde 2009.

Tudo isso foi abaixo em uma boa exibição do time carioca. No primeiro tempo, o Flamengo manteve a posse de bola e na dificuldade de criação, apostou em finalizações a longa distância. O Corinthians ficou na defesa, e levou muito perigo quando Willian Arão errou na saída de bola e deixou Mateus Vital cara-a-cara com César; o goleiro fez uma grande defesa e, no rebote, Douglas tentou finalizar de novo, para outra defesa do arqueiro flamenguista.

No segundo tempo, o Flamengo continuou em cima, dessa vez com os avanços de Réver - que tentou duas finalizações de longe. Aos 15 minutos, Vitinho cobrou escanteio e Lucas Paquetá subiu mais que Gabriel para marcar de cabeça; 1 a 0. Os torcedores corintianos até tentaram enxergar uma reação nesse momento: logo depois disso, Pedrinho entrou e tentou uma finalização que nem a que ele marcou gol, na quarta e contra o mesmo Flamengo. De qualquer forma, cinco minutos depois, Vitinho cobrou outro escanteio, Uribe desviou para trás na primeira trave e bola acabou sobrando para Paquetá finalizar e marcar 2 a 0.

A partir daí, o Corinthians assumiu a posse de bola, mas não conseguiu se impor com chances perigosas. O Flamengo ainda marcou no final, com Rodinei sendo acionado na direita por Paquetá e tocando para Renê fazer o terceiro, após boa defesa de Cássio na primeira tentativa. Essa também foi a maior derrota que o Corinthians sofreu dentro de seu estádio, inaugurado em 2014.



A 28ª rodada do campeonato ainda não acabou. Vão haver jogos ainda hoje (Grêmio x Bahia), segunda, terça e quarta. Não vai haver partidas no domingo por conta das eleições.

A reta final da Libertadores: duelos de peso entre brasileiros e argentinos

sexta-feira, 5 de outubro de 2018 0 comentários
A Copa Libertadores está chegando no seu fim, e clubes tradicionais dos dois maiores países do continente estão conseguindo resistir até esse ponto da competição. Mesmo que essa edição tenha apenas mais seis jogos, sabemos que vai haver muitas emoções e, talvez, polêmicas. Confira as semifinais abaixo!

River Plate x Grêmio 

O River Plate tem mostrado um bom desempenho na competição. No caminho até as semis, enfrentou os rivais Racing e Independiente; em ambas as ocasiões, o River empatou na ida por 0 a 0 e marcou três gols no Monumental de Nuñez para ganhar a classificação, provando a sua força no fator casa (e por isso, vale lembrar que o segundo jogo será no Rio Grande do Sul). O time também está no 4º lugar do Campeonato Argentino.

O Grêmio segue em êxtase, se agigantando contra times argentinos! Após ganhar a Libertadores de 2017 em cima do Lanús na Fortaleza e a Recopa de 2018 contra o "Rey de Copas" Independiente, o Imortal já eliminou o Estudiantes nas oitavas e, agora, despachou o Atlético Tucumán nas quartas - e com direito a uma sonora goleada por 4 a 0 na Arena.

Jogadores do Grêmio comemoram um dos gols sobre o Atl. Tucumán
Foto: Raul Pereira / FotoArena / Agência Estadão

O Grêmio já enfrentou os Millonarios na Libertadores: foi pelas oitavas-de-final da edição de 2002. Na edição, o clube gaúcho provou sua força internacional e eliminou os oponentes por 4 a 0 na volta. Eles também já se enfrentaram em outras competições continentais, e no retrospecto geral o Tricolor leva vantagem: são nove vitórias, dois empates e seis vitórias para o River.

Ambos os clubes vão em busca do tetra: o brasileiro conquistou a Libertadores em 1983, 1995 e 2017, enquanto o argentino ganhou em 1986, 1996 e 2015. É a segunda semifinal seguida dos dois times (o River foi eliminado para o Lanús ano passado).

Palmeiras x Boca Juniors

O Palmeiras demonstrou superioridade e conseguiu avançar para as semifinais após duas vitórias em cima do Colo-Colo, ambas por 2 a 0. É a sétima vez na história que o Porco consegue chegar até essa fase da competição, sendo que em quatro delas o clube avançou para as finais; conquistou um título em 1999.

O Boca Juniors chega até aqui após eliminar o Cruzeiro, após polêmica grave no primeiro jogo. Não há o que duvidar do retrospecto xeneize na Libertadores: é, certamente, um dos clubes com camisa que impõe mais respeito, apesar do momento não ser um dos melhores - foi recentemente eliminado da Copa Argentina para o Gimnasia, por exemplo.

Palmeiras e Boca, sem dúvidas, trata-se de um grande duelo internacional; afinal, os dois times já se enfrentaram em fases decisivas da Libertadores, como na final de 2000 e na semifinal de 2001. Em ambos, o Boca conseguiu a vantagem.

É interessante notar os fatores que equilibram o confronto. Apesar de ter conseguido ser melhor nos jogos importantes, o Palmeiras é amplamente superior no retrospecto geral: são oito vitórias, contra apenas três dos xeneizes e 12 empates.

Ainda pela Libertadores, Palmeiras e Boca se enfrentaram pela fase de grupos nas edições de 1994, onde o Verdão aplicou um sonoro 6 a 1 em São Paulo, e na edição atual - 2018. No caso, o jogo no Allianz Parque terminou 1 a 1 e os brasileiros conseguiram ganhar por 2 a 0 no La Bombonera.

Lucas Lima, do Palmeiras, e Nandez, do Boca Juniors
Foto: Juan Mabromata / AFP

E aí, leitor, você aposta que a final da Libertadores será o maior clássico das Américas entre Boca e River? Talvez um confronto entre times brasileiros, algo que não vemos desde 2006, quando Internacional e São Paulo decidiram o título? Comente!

Histórico! Bahia supera Botafogo nos pênaltis e avança às quartas da Copa Sul-Americana

quarta-feira, 3 de outubro de 2018 0 comentários
Foto: Felipe Oliveira / Divulgação / EC Bahia

Um dia de festa para o torcedor baiano: após derrota por 2 a 1, mesmo placar do jogo de ida, o Bahia superou o Botafogo nos pênaltis no estádio Nilton Santos. A partida foi válida pelas oitavas-de-final da Copa Sul-Americana e credencia o Tricolor de Aço a participar das quartas do torneio, algo inédito na história do clube - que só havia chegado até as oitavas em 2014.

Em questão de competições internacionais, o Bahia pode se gabar: participou cinco vezes da Libertadores e da Copa Sul-Americana e é o nordestino que mais disputou competições internacionais, ao lado do Sport: 12 vezes. O clube fez sua melhor campanha em torneios continentais na Libertadores de 1989, quando chegou às quartas-de-final com o time que rendeu o apelido "Tricolor de Aço".

É interessante notar que o Sport, ano passado, se tornou o primeiro clube nordestino a se classificar para as quartas-de-final da Copa Sul-Americana. Agora, o Bahia também pode ostentar esse feito. Isso pode evidenciar uma melhora do futebol nordestino no cenário internacional - que, vale destacar, tem representantes na Sul-Americana desde a edição de 2009.

Confrontos brasileiros na reta final da Sula

Com o resultado, Bahia e Atlético/PR vão se enfrentar pelas quartas da Copa. Eles já se enfrentaram esse ano duas vezes pelo Brasileirão: os resultados foram 0 a 0 na Fonte Nova e 2 a 0 para o Furacão na Arena da Baixada.

Hoje, quinta, o Fluminense enfrenta o Desportivo Cuenca no Maracanã às 19h30. Com a vitória na ida por 2 a 0, a classificação já está praticamente encaminhada. Avançando de fase, o Tricolor Carioca terá que enfrentar, nas quartas, um dos maiores times do continente: o Nacional/URU.

Depois disso, a semifinal seria formada pelos vencedores dos confrontos BAH x CAP e FLU x NAC. Isso significa que se o Fluminense passar, necessariamente teremos um time brasileiro na final da segunda maior competição do continente: o clube carioca enfrentaria ou os baianos ou os paranaenses nas semis.



Temos emoção e bom desempenho de brasileiros na Libertadores. De fato. Mas a Copa Sul-Americana também é uma grande reserva moral do nosso futebol que ainda aguarda muitas emoções na reta final!

28ª rodada: um Choque-Rei com sua devida importância na disputa pelo Brasileirão

domingo, 30 de setembro de 2018 0 comentários
Foto: GloboEsporte
No próximo sábado, o Morumbi receberá um dos melhores jogos da rodada. Um clássico entre o maior campeão de torneios internacionais no Brasil e o maior campeão de torneios nacionais. São Paulo e Palmeiras já decidiram títulos e jogos de mata-mata importante diversas vezes. O final de semana nos aguarda mais um capítulo deste grande duelo.

O Palmeiras vem em uma recuperação vertiginosa no Campeonato Brasileiro após o retorno de Felipão: saiu da 7ª colocação, na 15ª rodada (quando o técnico assumiu), para assumir a liderança doze partidas depois. O primeiro lugar foi retirado justamente do rival tricolor, que ostentava esse posto há 10 rodadas. O Cícero Pompeu certamente pulsará com muita emoção, em partida de 1º contra 3º do Brasileirão.

Choque-Rei já decidiu Campeonato Brasileiro...

Na edição de 1973, Palmeiras, São Paulo, Cruzeiro e Internacional conseguiram chegar ao quadrangular final. Na última rodada, o Alviverde e o Tricolor se enfrentaram no Morumbi, com o São Paulo precisando da vitória para conquistar o título pelo saldo de gols. Mas a partida terminou 0 a 0: o Verdão se beneficiou por ter ganhado dos outros oponentes, e se sagrou bicampeão brasileiro consecutivo.

...e jogos de mata-mata da Libertadores

Já na maior competição do continente, o São Paulo leva vantagem. Eles se enfrentaram na fase de grupos da edição de 1974, em que o Tricolor ganhou as duas partidas, e nas oitavas-de-final em 1994, 2005 e 2006. O São Paulo passou nas três. O Palmeiras nunca ganhou do rival por esse torneio.

Confrontos recentes

Desde 2015, São Paulo e Palmeiras se enfrentaram 11 vezes por Campeonatos Brasileiro e Paulista, com oito vitórias alviverdes, duas tricolores e um empate. Vale lembrar que o Palmeiras não vence o São Paulo no Morumbi há 16 anos, ou seja, desde 2002. No retrospecto geral, o Tricolor tem leve vantagem.

Copa do Brasil: com golaço de Pedrinho, Corinthians supera Fla; Cruzeiro empata com o Palmeiras e também vai para a final

quinta-feira, 27 de setembro de 2018 0 comentários
A noite de quarta-feira foi emocionante pelas semifinais da Copa do Brasil. Dois confrontos entre grandes clubes do futebol brasileiro marcaram os jogos da segunda maior competição nacional, que teve a sua final definida hoje! Confira o que rolou de melhor na rodada da Copa do Brasil abaixo:

Pedrinho, de 20 anos, marcou o gol decisivo da semifinal
Foto: Rodrigo Gazzanel / Agência Corinthians
Corinthians 2 x 1 Flamengo

No Itaquerão, Corinthians começou pressionando mais, nos primeiros 10 minutos. Quando o Flamengo deu indícios de melhoras e começou a manter mais a posse, o Timão marcou, com cruzamento de Jadson para Danilo Avellar entrar atrás de Pará e Éverton Ribeiro. O Rubro-Negro foi atrás e, cinco minutos depois, conseguiu o empate, com uma bela bola enfiada de Willian Arão para Pará; o lateral subiu, cruzou e a bola bateu em Henrique, que fez gol contra. O zagueiro já havia começado a partida inseguro.

Depois do gol, Fagner pediu para ser substituído por causa de problemas musculares. Isso afetou o Timão, pois o lateral direito estava avançando muito e buscando o Jadson, mais centralizado. O seu substituto, Gabriel, volante de ofício, pouco contribuiu ofensivamente. Os ataques do Corinthians ficaram focados pela esquerda, com as subidas de Danilo Avellar para apoiar Clayson e Mateus Vital. Pelo Flamengo, Arão ajudou muito no meio através de bolas longas para aprofundar o jogo e cobrindo as subidas de Pará, além de interceptar passes corintianos em certos momentos.

As chances mais perigosas do Flamengo no resto do primeiro tempo foram anuladas por impedimento. Na etapa final, o Rubro-Negro começou, mais uma vez, tendo a posse de bola, mas houve boas chances em bola parada para os dois lados. Tudo mudou quando Pedrinho, da base do Corinthians, entrou e marcou um golaço que desempatou a partida aos 24 minutos. Assista abaixo:


Depois disso, o Flamengo tentou retomar o controle da bola e atacar, principalmente, através de subidas do Trauco. Diego pediu para sair ao longo do jogo, o que afetou o meio-campo do time. O Corinthians passou a apostar em contra-ataques e o Flamengo, mesmo colocando Vitinho e Marlos Moreno, além do Lincoln, não conseguiu criar chances claras de gol. O time, mais uma vez, apelou para cruzamentos diante de um resultado negativo: na partida de hoje, foram um total de 4 cruzamentos certos para 20 errados. A melhor tentativa foi do autor do gol do Fla: Pará, que faltando 3 minutos para o fim do jogo, chutou uma bola na trave.


26ª rodada: rivalidades além das fronteiras

domingo, 23 de setembro de 2018 0 comentários
Faltando 13 rodadas para o fim do Campeonato Brasileiro, os objetivos de cada time estão ficando cada vez mais claros. E para motivar ainda mais o torcedor, existe o fato de que a 26ª rodada é marcada por rivalidades interestaduais. São partidas entre clubes que podem não ter sido fundados no mesmo local, mas mesmo assim protagonizaram confrontos que justificam uma grande rivalidade.

Guerrero e Fabio Santos em 2016
Foto: Agência Estado
Flamengo x Atlético/MG

O jogo no Maracanã é decisivo para o Flamengo tentar se reaproximar do líder São Paulo, que empatou ontem com o América/MG. O Atlético quer colar nos 4 primeiros colocados, buscando a classificação direta na fase de grupos da Libertadores.

O Urubu e o Galo possuem uma rivalidade intensa, muito por causa dos confrontos da década de 1980. Na época, os dois times tinham esquadrões do futebol: o Flamengo, liderado por Zico, levou a melhor do Atlético de Reinaldo na final do Campeonato Brasileiro de 1980. Os dois times se encontraram de novo na Copa Libertadores de 1981: o jogo de desempate ficou marcado pela polêmica envolvendo o árbitro José Roberto Wright, que expulsou 5 jogadores do Atlético, encerrando a partida por W.O.

Flamengo e Atlético também se enfrentaram nas oitavas-de-final do Campeonato Brasileiro de 1986, com vantagem para o Galo, e na semifinal na Copa União de 1987, com o Fla avançando para a final. Os dois times também se encontraram nas quartas-de-final da Copa do Brasil de 2006, com os cariocas avançando, e nas semifinais da Copa do Brasil de 2014, com virada histórica para os mineiros (2 a 0 para o Fla na ida e 4 a 1 na volta).

Nos últimos 4 anos, Flamengo e Atlético se enfrentaram 8 vezes, com 3 vitórias do Fla, 3 do Galo e 2 empate. Talvez o jogo mais marcante tenha sido pelo Campeonato Brasileiro de 2016, que terminou 2 a 2. Os dois times disputavam a vice-liderança do torneio. Na atual temporada, o Rubro-Negro ganhou do Alvinegro Mineiro no Independência por 1 a 0 pela 7ª rodada e, naquele ponto, assumia o primeiro lugar.

Fagner em 2017
Foto: Marcos Ribolli
Corinthians x Internacional

O Internacional também quer se aproveitar do São Paulo ter empatado com o América/MG e busca assumir a ponta da tabela de novo. Para isso, vai ter que passar pelo Corinthians no Itaquerão.

Os dois clubes já disputaram título de Campeonato Brasileiro em 1976, quando o Inter sagrou-se bicampeão nacional. Também disputaram a final da Copa do Brasil de 2009, dessa vez com o Corinthians conquistando seu terceiro título. Eles também se encontraram nas oitavas-de-final da Copa do Brasil de 1992, quando o Colorado passou e foi rumo à conquista.

A maior polêmica envolvendo os dois clubes foi a do Campeonato Brasileiro de 2005, quando jogos apitados pelo árbitro Edilson Pereira de Carvalho foram anulados e realizados de novo, o que fez com que o Internacional perdesse o título para o Corinthians. Um pênalti não marcado em cima de Tinga - e a expulsão do jogador - é contestado até hoje por colorados, em partida decisiva entre os dois.

Nos últimos 4 anos, Corinthians e Internacional se enfrentaram 7 vezes, com 3 vitórias para o Timão, 2 para o Inter e 2 empates. As equipes se enfrentaram no mata-mata apenas em 2017, pela quarta fase da Copa do Brasil. Na ocasião, o Internacional avançou nos pênaltis após dois empates por 1 a 1.

Victor Ferraz e De Arrascaeta
Foto: Vinnicius Silva/Cruzeiro
Cruzeiro x Santos

Provavelmente, será o jogo com menos ambição. A classificação para a Libertadores é difícil para ambos, e o Cruzeiro ainda disputa outras duas copas. Mesmo assim, o duelo tem motivos para ser lembrado.

Em 1966, o Santos de Pelé era pentacampeão nacional consecutivo. Nessa temporada, o Alvinegro Praiano caminhava para o hexa quando teve que enfrentar o Cruzeiro de Dirceu Lopes, Tostão, Raul Plassmann, Piazza e cia. O resultado: 6 a 2 para a equipe azul no Mineirão e outra vitória, por 3 a 2, na volta! A imprensa começou a dar mais atenção para os times fora do eixo Rio-São Paulo a partir desse momento.

Confrontos recentes também alimentam a rivalidade: Cruzeiro e Santos se enfrentaram nas quartas-de-final da Copa do Brasil desse ano. O jogo acabou indo para os pênaltis, e a estrela de Fábio brilhou. Os santistas reclamaram pelo jogo ter terminado no momento de um contra-ataque. A Raposa se classificou e está disputando as semifinais contra o Palmeiras.

O Vasco e a transparência de dados: a torcida precisa saber o tamanho do buraco

quarta-feira, 19 de setembro de 2018 0 comentários
O que não faltam são motivos para condenar gestões recentes do Vasco da Gama. Um clube com história centenária ainda não sabe se já atingiu o fundo do poço por conta de presidentes e políticos irresponsáveis e medidas questionáveis em diversas áreas.

Mas uma das coisas que sempre me chamou atenção nessas gestões foi a falta de transparência nos dados financeiros.

Isso fica bem explícito em dois textos publicados por Rodrigo Capelo para a Revista Época.

Na primeira, lançada em 2017 - quando o clube ainda tinha Eurico Miranda como presidente -, o teor de alerta vem logo no título: "afundado em dívidas, um clube em estado de falência". A princípio, um pouco sensacionalista pra mim.
Mas o segundo parágrafo já vem como aviso para quem for ler o texto:

Eurico Miranda em 2018, chegando em evento na ALERJ
Foto: UOL
"Antes de nos aprofundarmos nos números, um alerta. Tudo o que você lerá aqui foi extraído do balanço financeiro vascaíno. Mas há razões para desconfiar do documento. A auditoria independente Anend, contratada por Eurico para verificar as contas de 2016, como manda a lei, expressou em seu relatório que não pôde checar todos os dados. Os auditores não conseguiram confirmar se havia dinheiro em caixa, por exemplo, nem uma série de outros indicadores cujos valores foram apresentados pela direção cruz-maltina. A auditoria avaliou as finanças com o que tinha e responsabilizou a administração do time pelo que viu, mas não pôde testar."